quinta-feira, 19 de julho de 2007

Saiba impedir que os cavalos-de-tróia abram a guarda de seu computador.

- Inspirado na lenda da Guerra de Tróia, este malware libera a passagem ao invasor para rastrear e roubar dados do sistema.
A lenda da Guerra de Tróia conta que gregos conseguiram entrar na cidade camuflados em um cavalo e, então, abriram as portas da cidade para mais guerreiros entrarem e vencerem a batalha.
Silencioso, o cavalo-de-tróia é um programa malicioso que abre as portas do computador a um invasor, que pode utilizar como quiser o privilégio de estar dentro de uma máquina.
Entre os exemplos recentes está o Prg Trojan, que vem com um “kit de construção” para facilitar o desenvolvimento e a liberação de variantes de pragas virtuais. Com a ajuda do trojan, elas roubaram informações confidenciais de mais de 10 mil pessoas na China, Rússia e Estados Unidos, revelou a SecureWorks na terça-feira (26/06).
Integrante do clube de engenharias sociais, que levam o usuário a acreditar em uma mentira, este malware é instalado em um computador de forma camuflada, sempre com o “consentimento” do usuário.
A explicação é que esta praga está dentro de um arquivo que parece ser útil, como um programa ou proteção de tela - que, ao ser executado, abra caminho para o cavalo-de-tróia.
A intenção da maioria dos cavalos-de-tróia não é contaminar arquivos ou hardwares. O atrativo da técnica é conseguir senhas e outros dados bancários da vítima para promover golpes online. Portanto, é fundamental que o usuário se preocupe com a proteção de seus dados.
Presentes em números
Atualmente, o objetivo principal dos cavalos-de-tróia é roubar informações de uma máquina. “O programa destrói ou altera dados com intenção maliciosa, causando problemas ao computador ou utilizando-o para fins criminosos, como enviar spams”, explica o analista de vírus sênior da Kaspersky Lab, Aleks Gostev.
Uma vez que os crackers de hoje buscam ganho financeiro, os trojans são perfeitos para o roubo de dados, e os criadores desta praga continuarão ativos em 2007, segundo o relatório Malware Evolution do período de janeiro a abril de 2007, da Kaspersky. Mal intencionados, os criminosos podem também utilizar o acesso livre à máquina para esconder suas identidades e executar ações maliciosas sem serem identificados.
A análise revela que a América Latina continuará a sofrer principalmente com o roubo de dados bancários. “No Brasil, este tipo de ataque é típico”, revela o analista. “O arquivo Trojan-Spy.Win32.Banker.aqu, por exemplo, ataca 87 bancos simultaneamente”, exemplifica Gostev. “A família Spy é a mais utilizada para coletar informações financeiras e apoiar fraudes online.”
Infelizmente, é difícil identificar estes programas que carregam malwares. “Há uma grande variedade de programas que rodam ações sem o conhecimento ou consentimento do usuário”, explica Gostev. “Os cavalos-de-tróia da atualidade podem ter de um byte a centenas de megabytes, e alguns deles são programas muito evoluídos.”
Em maio de 2007, os três primeiros colocados no Top 20 de malwares da Kaspersky são trojans. “Eles são, hoje, os atacantes emergentes no time da evolução de malwares”, diz o analista.
Em relação a 2005, o número desses programas maliciosos aumentou 46%, segundo o Boletim de Segurança de 2006 da Kaspersky Lab. A maior ameaça do último ano foi a família dos Gamings, comportamento que atinge games online, como o World of Warcraft.
“Em 2007, os ataques terão enfoque nos usuários de bancos e outros sistemas de pagamento, além de jogadores online”, confirma Gostev.
Os cavalos-de-tróia, muitas vezes, pegam carona nos phishings para que a vítima seja convencida a baixar o arquivo contaminado ou entrar em um site malicioso. “O desenvolvimento de novos tipos de trojans se justifica pela possibilidade de distribuição em massa por e-mails”, diz Gostev.

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